Seleção de bomba sanitária: a arriscada escolha que cercava nosso cliente do setor de corantes e aromas

Hoje trouxemos um case de sucesso que exemplifica o quão importante e crítico é o processo de seleção de bombas industriais e como uma decisão equivocada pode pôr seu processo em risco. Aproveite a leitura!

Nosso cliente, um produtor e fornecedor global de ingredientes naturais como aromas e corantes, precisava alimentar alguns pontos de sua planta com glucose.

Suas referências vinham de uma planta do mesmo grupo em uma cidade vizinha que utilizava bombas helicoidais (ou monofuso) para fazer o trabalho.

Durante a consultoria técnica da Tetralon, o cliente foi incentivado a checar se alguns problemas típicos dessa aplicação estavam também ocorrendo na aplicação utilizada como parâmetro.

Uma das maiores implicações de se utilizar bombas helicoidais no deslocamento de produtos alimentícios é a contaminação do fluido por partículas ou até pedaços do estator de borracha que se soltam devido ao contato com o rotor durante o bombeamento.

Com o tempo, esse desgaste gera folgas que vão ocasionar a queda de desempenho e variação na vazão da bomba.

Além de aferir a presença dos inconvenientes sugeridos pela Tetralon, o nosso cliente pôde constatar outro problema: a solidificação da glucose por falta de jaqueta de aquecimento na região da selagem, provocando danos ao selo mecânico a cada partida e a consequente queima deste.

Este cenário desdobrava-se em vazamentos do produto no ambiente e consequente presença de insetos, além do aumento das paradas para manutenção do selo mecânico e troca de estator. 

Embora superado esse paradigma, nosso cliente mais uma vez esteve em vias de se enveredar em um novo equívoco:

Um concorrente da Tetralon recomendou uma bomba sanitária de lóbulos para a aplicação, que operaria em altas rotações e aqueceria o fluido acima do suportado, resultando em sua cristalização e amarelamento.

Acontece que, uma vez cristalizada, a glucose torna-se um fluido abrasivo que intensifica o desgaste na região entre o lóbulo e a carcaça da bomba e resulta no slip, fenômeno onde o líquido recircula dentro da bomba através das folgas geradas, causando a queda de vazão.

Além disso, para a aplicação do cliente, a pressão de operação estaria no limite ou acima da pressão máxima permitida por uma bomba de lóbulos.

Diante das condições apresentadas, a recomendação da Tetralon foi a bomba de pistão circunferencial Fristam FKL 150, que suporta até 35 bar de pressão e cuja superfície em contato com o rotor é maior, o que gera menos desgaste por abrasividade e com isso o risco de slip na bomba reduz drasticamente.

Além disso, a bomba de pistão circunferencial bombeia sólidos sem esmagá-los e com baixíssima taxa de cisalhamento do fluido, preservando suas características sem risco de travamento.

Sua construção robusta, com garantia vitalícia do eixo, selagem dupla e jaqueta de aquecimento garantem condições ideais para que a bomba opere sem falhas por longos períodos.

Um adendo importante a este case de sucesso foi que o mesmo concorrente que sugeriu a bombas de lóbulos entrou na concorrência da bomba de pistão circunferencial com um equipamento cujo preço de aquisição estava muito abaixo do esperado.

Nosso consultor técnico, entretanto, mais uma vez foi a fundo na questão e descobriu que nosso cliente estava prestes a comprar uma bomba da metade do tamanho daquela ofertada pela Tetralon.

Em suma, naquele tamanho a bomba precisaria operar com rotações mais altas para atingir a vazão requerida pela aplicação, o que certamente geraria aquecimento do fluido e consequente amarelamento e cristalização da glucose, maior desgaste da bomba e maior consumo de energia.

No final das contas, essa estratégia de subdimensionar a bomba para tornar seu preço mais competitivo frente à concorrência diminuiria a vida útil do equipamento e aumentaria a quantidade de paradas para manutenção, além de comprometer a qualidade da matéria prima. Ou seja, todo o benefício da tecnologia indicada pela Tetralon seria perdido.

Enfim, nosso cliente se convenceu que mais aventuras poderiam colocar o processo em risco e hoje já são 8 meses de operação da bomba sem intervenções, nem sequer para manutenção programada.

 

Lucas Azevedo Andare esteve à frente desse case de sucesso, é engenheiro e faz parte de nosso time consultores técnicos para linhas sanitárias da Tetralon. Caso você precise de mais detalhes, teremos a maior satisfação em ajudá-lo.

lucas.andare@tetralon.com.br

Tel.: 19 99138-8456

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