Para que serve o “bombeiro” profissional

Bombas são o segundo tipo de máquina mais produzido no planeta, perdendo apenas para motores elétricos. Sem bombas, não há fluxo de fluidos nem geração de receita para a maioria das empresas.

Podemos chamar aqueles que fabricam, utilizam, especificam e consertam bombas de “bombeiros”, mas uma analogia ainda melhor é com os “cardiologistas”, que também cuidam de uma bomba muito especial para nós: o coração, e das linhas de distribuição e retorno do nosso sangue. Bombas são os “corações” de muitos sistemas produtivos.

Para nossos “cardiologistas”, existem alguns desafios adicionais. Existem “corações” com diversos princípios de funcionamento (alguns bastante recentes), os fluidos bombeados possuem características praticamente infinitas, e os sistemas em que estão inseridos têm configurações igualmente variadas. Dessa combinação de princípios, fluidos e sistemas, é fácil surgirem cenários complexos e bombas problemáticas (bad actors).

Se uma operação de bombeamento consumir mais energia por volume transferido do que deveria (baixa eficiência), a bomba se torna uma dupla vilã: tanto dos custos operacionais (OPEX) quanto do meio ambiente, devido à pegada de carbono desnecessária. Se houver vazamento, pode até se tornar uma tripla vilã: comprometendo a segurança do trabalho, a segurança patrimonial e o meio ambiente (pela contaminação que o vazamento pode causar).

As operações de bombeamento são muito complexas e esse universo é bastante desconhecido pela grande maioria da população.
Compreender a importância e a complexidade das bombas é essencial para garantir operações eficientes, seguras e sustentáveis em diversos setores industriais.

Adaptado do prefácio escrito para a 3ª edição do livro “Mecânica das Bombas”, do engenheiro Epaminondas Pio. Quem quiser aprofundar seus conhecimentos e prestar uma homenagem póstuma ao engenheiro Pio pode adquirir essa obra ímpar para a engenharia nacional na Amazon: https://a.co/d/j9LgKcV.

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